sexta-feira, 27 de abril de 2018

Loved by the Moon

Foto/Reprodução: Instagram

A lua tem me espreitado há semanas.
Na fresta da persiana de casa é a luz branca que invade minha sala.
No céu azul claro das cinco da tarde é o flerte tímido que atrai meu olhar.
É no voltar do trabalho no fim do dia aquela energia que levanta meu espírito e diz ‘vem amar’.
É no meio da noite aquela penumbra que me empurra nos mais profundos desejos da alma.
É sério, a lua tem me espreitado há semanas.
Essa lua crescente que cada dia ocupa mais espaço dentro do meu peito.
É a lua crescendo toda noite me exigindo um olhar mais atento.
É a lua quase cheia imponente no meio da sala me dizendo ‘vem dançar’.
Branca, iluminada, cheia de energia e cheia de sol.
Do mesmo sol e luz que fazem meu coração pulsar.
Pulsa dentro, pulsa fora e continua ardendo.
Parece ser feita do mesmo fogo do sol mas é fria como o ar.
Lua cheia, lua branca, lua crescendo.
Diversas formas de uma mesma lua que continua aqui dentro.
E desde que ela tem me atraído o olhar e seguido os meus passos, sua luz tem me feito olhar pro alto.
Me faz olhar pra cima e pros lados encontrando o conforto do sol numa forma doce e macia.
É sério, agora sou eu que tenho perseguido a lua sem perceber.
É uma conexão que criamos passo a passo toda noite, toda manhã e agora também no fim da tarde.
Branca, nua, gelada e fria. Tão distante e tão energizante.
Me esfria cada poro e me ilumina cada pensamento.
Persigo a lua como quem persegue a si mesmo. Somos uma só.
Eu sinto a lua dentro de mim mesmo que distante ou encoberta ela esteja.
E quando me esqueço de que a lua eu também sou, ela me desvia o olhar pro alto e diz ‘vem brilhar.’