terça-feira, 3 de julho de 2018

Um Dedo de Café e uma Dose de Afeto

Foto/Reprodução: Instagram

Hoje eu acordei com vontade de tomar café e comer um pedaço de queijo branco. Quem conhece minhas origens vai pensar "que desejo mais comum para uma mineira".

Mas esse café e esse queijo tinham um nome. Esse café tinha aroma de cuidado e o queijo tinha gosto de gargalhada.

Hoje eu só queria sentar naquela mesa pra ouvir ele dizer que era só eu tomar café pra minha faringite melhorar. Pra ver aquela mão cortando o queijo e ouvir ele dizer que logo logo ia passar.

O mais engraçado é que desde minha adolescência, toda vez que minha faringe apertava eu tomava um golinho de café.

Hoje, dois anos sem faringite, com a faringe começando a apertar, o café não desceu. Veio junto com o cheiro do café a saudade, os dedinhos de prosa, as festas, os bailes e as risadas. Veio também todas as vezes que ele, com toda a paciência do mundo, me ensinou a embrear o carro.

Eita que o coração apertou demais. Tanta lembrança, tanta alegria, tanto acolhimento, tanto cuidado, tanto aprendizado.

Na falta da presença, o que me conforta é que pessoas de bom coração nunca partem. Elas continuam para sempre em cada coração que elas tocaram.

E assim seguimos, cada um de nós, com cada lembrança e saudade que cada ente querido deixou.

Preencho a falta da presença com a gratidão por esse espaço de amor que ele deixou.

De tudo que ele me ensinou, o maior aprendizado, foi saber escolher pessoas de bom coração, como ele, para fazerem parte da minha vida.

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