terça-feira, 7 de agosto de 2018

Tempo

Foto/Reprodução: Instagram

Já pensou como se propaga o som? Como as cordas de um violão se oxidam?
Ambos ocorrem num espaço vazio, denominado tempo.

O tempo pode ser só uma questão de perspectiva ou é apenas a medida que o homem criou para limitar a realidade. A única realidade que ele consegue compreender. Os gregos, um pouco mais evoluídos, tinham duas medidas de tempo, o Chronos e o Kairós.

O primeiro referia-se ao tempo cronológico, esse reloginho no pulso que nos causa ansiedade e o segundo, a um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece, como uma experiência do momento oportuno. Uns chamam de acaso, outros de coincidência... Enfim, esse espaço em que as coisas acontecem é um dos mais difíceis de se nomear.

Eu gosto de pensar no Multiverso, em que vários de nós mesmos vivem em universos paralelos em espaços-tempo completamente diferentes. Talvez eu goste porque essa teoria só reforça uma outra que eu amo ainda mais que é a da Sincronicidade.

Não dá para entrar nesse assunto também sem falar do Déjà vu. Ainda mais quando uma música ou um som te transporta pra outro lugar no tempo, seja para o passado, na maioria das vezes, ou seja para o futuro, mesmo que aquele pensamento não se realize.

Toda essa divagação sobre tempo para falar sobre um assunto que tem tomado conta do meu ano: Luto. Tá aí um acontecimento na nossa vida que o tempo perde todas as proporções já conhecidas e experienciadas. Cada luto é um luto. E embora eu esteja  num ano cheio de vida, que eu não perdi ninguém, eu estou vivendo vários lutos. Lutos passados, não vividos.

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